
“que inspire confiança nos que convivem com ele; que
todos confiem nas suas palavras; que, no contato com as pessoas, elas sintam
que só lhes advirá o bem, porque ele é uma pessoa excelente.”
Para isso, se faz necessário não
mentir e sempre favorecer primeiramente o próximo, sendo necessário deixar os
interesses pessoais para segundo plano e isso deve se tornar uma característica
do seu caráter, não algo temporário. Dessa forma, conquistaremos a confiança
social e divina, algo que deve ser considerado um tesouro em nossas vidas, pois
assim, nunca passaremos por grandes dificuldades, pois sempre estaremos
amparados.
Indo ao ensinamento...
Existem muitas pessoas que seguem uma religião, mas o homem
de verdadeira fé é raro. O fato de alguém se considerar um verdadeiro
religioso, nada significa, porque o julgamento está baseado num critério
subjetivo. Só é de fato um verdadeiro religioso aquele que assim for
reconhecido objetivamente.
É necessário
distinguir claramente como age um autêntico homem de fé. Teoricamente é
simples: que inspire confiança nos que convivem com ele; que todos confiem nas
suas palavras; que, no contato com as pessoas, elas sintam que só lhes advirá o
bem, porque ele é uma pessoa excelente.
Obter tal confiança não é difícil. O essencial é não mentir
e favorecer primeiramente o próximo, deixando os interesses pessoais relegados
a segundo plano. As pessoas devem comentar a respeito desse homem: “É alguém
que me ajudou, que me salvou... É pessoa muito bondosa... Seria um grande
prazer tê-lo como amigo. É uma criatura muito agradável...” Tal indivíduo
certamente terá o respeito e a estima de todos, o que é muito compreensível.
Nós mesmos, se encontrássemos uma pessoa assim, desejaríamos cultivar sua
amizade, confiar-lhe nossos problemas e nos sentiríamos ligados a ela. Essa
dedicação, entretanto, não pode ter caráter passageiro. Exemplifiquemos com o
arroz: quem se habitua com ele, a cada dia o acha mais saboroso. O homem de
verdadeira fé pode ser comparado ao arroz.
No mundo, predominam pessoas que contrariam tudo o que
acabamos de dizer: suas ações comprometedoras levam-nas a perder a confiança do
próximo, sem que isto as preocupe. Mentem de tal forma, que podem ser desmascaradas
a qualquer momento. Embora possuam boas qualidades, suscitam desconfiança e se
desvalorizam aos olhos dos outros.
Mentir é uma grande tolice; basta uma pequena mentira para
se ficar desacreditado. Se investigarmos por que certas pessoas não melhoram de
situação, embora sejam esforçadas e assíduas no trabalho, veremos que elas não
merecem crédito, devido às suas mentiras.
A confiança é realmente um tesouro. Quem a merece jamais
passará por dificuldades monetárias, pois todos sentirão prazer em lhe fazer
empréstimos. Estou me referindo à confiança entre os homens; mas obter a
confiança de Deus é algo de valor inestimável. Se a conseguirmos, tudo correrá
bem e teremos uma vida repleta de alegrias.
18 de junho de 1949
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